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Emprego

O autoconhecimento pode salvar sua carreira

Segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Última Modificação: 25/01/2017 16:42:37 | Visualizada 184 vezes


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Na hora de demitir um funcionário da empresa muitos fatores são levados em conta pelo contratante, que analisa não apenas o desempenho prático profissional ou a capacidade que a pessoa tem de cumprir as tarefas que lhes foram designadas. Mais do que isso, grande parte das pessoas é "convidada" a sair da empresa por motivos envolvendo o emocional e o seu comportamento no ambiente de trabalho.  

 

Uma pesquisa, realizada pela Catho, com mais de 12 mil profissionais que atuaram em empresas privadas, revelou os principais fatores para a demissão no Brasil. Segundo o levantamento, além dos motivos relacionados à incompetência e à falta de resultados, também foram citadas questões comportamentais.  

 

Esse fato curioso estimulou Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas e Comportamento Humano, a pesquisar a fundo questões envolvendo o chamado Quociente Inteligente (QI) e o Quociente Emocional (QE), que são determinantes para a carreira profissional.  

 

O consultor afirma que, para se ter sucesso no trabalho, é mais importante ter uma boa dose de QE, conhecida também por inteligência emocional, do que apenas ter um alto índice de QI. 

 

"As pessoas com pouca inteligência emocional têm um autoconhecimento limitado. Normalmente este indivíduo não tem consciência de seu comportamento e tem dificuldade em avaliar o impacto que suas atitudes causam nos demais. Como consequência, costuma ser egocêntrico, lidar mal com o estresse, ter baixa tolerância a frustrações, além outras de questões comportamentais", relata o consultor.  

 

Para explicar melhor tudo isso, Ferraz compara alguém que tenha o QI alto a aquele aluno da sala que, facilmente, tira as melhores notas e que, sem muito esforço, demonstra ser um dos mais inteligentes da turma.  

 

Já a pessoa que tem o QE alto é aquela pessoa da sala que, mesmo tendo dificuldades para, por exemplo, pagar a mensalidade ou tirar notas altas, ainda assim consegue agradar a todos e a lidar com diferentes situações que lhes são desafiadas.  

 

"Cerca de 70% das demissões que conheço foram de pessoas que demonstraram ter pouca inteligência emocional. É mais fácil ver alguém sendo demitido por causa de seu comportamento, por causa da sua arrogância ou por ser antissocial do que ver alguém sendo demitido simplesmente porque não conseguiu atingir uma meta ou não conseguiu vender", relata o consultor.  

 

Conheça a si mesmo  

 

A boa notícia de tudo isso é que, diferentemente do QI (muitos já nascem predispostos geneticamente a ter um QI alto ou aperfeiçoam esse tipo de inteligência na infância), a nossa inteligência emocional pode ser trabalhada e até aumentada.  

 

Ferraz explica que, embora não seja um processo rápido, o primeiro e mais importante passo para trabalhar a inteligência emocional é se autorreconhecer. "A pessoa precisa ter autoconhecimento, ela precisa se tocar que o seu comportamento não está agradando no ambiente profissional", considera.  

 

Para isso, uma das alternativas, caso a pessoa não consiga perceber o quanto está sendo chata, antissocial e desagradável no trabalho, dá-se por meio dos feedbacks da empresa e com a aceitação de críticas.  

 

"As grandes empresas fazem avaliações de desempenho. Eu recomendo também que haja uma avaliação de 360º. Para isso, o funcionário deve receber feedback de pelo menos uma ou duas pessoas subordinadas, de uma pessoa que está no mesmo nível na empresa e de outra que é superior. Nas pequenas empresas, esse feedback pode ser mais informal, mas desde que parta da pessoa com baixa inteligência emocional querer saber o que os demais pensam dela e não o contrário", diz o consultor. 

 

Na opinião de Ferraz, dificilmente uma pessoa com alto QI, mas com baixo QE, consegue ter sucesso em sua carreira profissional. Já uma pessoa que trabalha bem a sua inteligência emocional, mas que, de repente, não tenha um elevado QI, pode muito bem conquistar o seu espaço e ser bem sucedida profissionalmente. 

 

 "A palavra principal de tudo isso é autoconhecimento. Em gestão de pessoas, tudo se passa pelo autoconhecimento. Quando dizemos que tal pessoa, depois de dez anos de empresa, está mais madura, estamos dizendo que ela vem trabalhando sua inteligência emocional e que vem se autoconhecendo cada vez mais", afirma Ferraz, que trata desse e outros assuntos envolvendo o comportamento humano em seu livro "Por que a gente é do jeito que a gente é", disponível nas principais livrarias do País.

 

Fonte: www.odiario.com/Wilame Prado

A inteligência emocional pode ser aperfeiçoada por meio do autoconhecimento e de feedbacks Crédito: Divulgação
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