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Agricultura

Terra agrícola do noroeste é a mais valorizada do Paraná

Segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Última Modificação: 25/01/2017 16:39:57 | Visualizada 938 vezes


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Os bons preços alcançados pela soja no mercado externo nos últimos anos e a possibilidade de o milho safrinha, que começa a ser colhido, chegar a preços recordes depois que uma das maiores secas dos últimos 100 anos arrasou a safra de milho dos Estados Unidos, já mostram reflexos nos valores das terras agrícolas do Paraná, sobretudo na faixa de terra roxa.

 

De acordo com levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, o hectare (10 mil metros quadrados) na região de Maringá – que até o ano passado tinha as terras mais caras do Paraná - teve uma valorização em torno de 10% em um ano, porém, na região de Campo Mourão, onde mais se produz soja no Paraná, o preço da terra deu o maior salto desde que soja e milho passaram a ser a base da agricultura do Estado.Em Campo Mourãoa valorização foi de 47% em relação aos preços praticados em 2011 e em Peabiru chegou a 89%, uma marca que o Deral considerou histórica. O hectare que no ano passado poderia ser vendido a R$ 20 mil, neste já está chegando a R$ 38 mil, o mais caro do Paraná.

 

O que causou surpresa aos técnicos da Secretaria da Agricultura foi o caso de Cascavel, que também tem terra roxa, porém os preços da terra caíram quase 1% em um ano. Em outros municípios da região de Cascavel as variações para cima foram pequenas.

 

De acordo com os técnicos Edilson Souza e Silva e Luiz Coelho, do Deralem Campo Mourão, os valores médios regionais são resultado de pesquisa de campo, onde foram ouvidos proprietários rurais, cooperativas e corretores de imóveis, havendo a necessidade de pelo menos um negócio ter sido concretizado. Segundo os técnicos, algumas propriedades podem valer muito mais do que o valor médio resultante na pesquisa, dependendo de sua localização, qualidade da terra e das benfeitorias existentes.

 

"Na região de Maringá possivelmente a valorização tenha sido pequena porque os preços do hectare já estavam altos no ano passado, mas em Peabiru a terra estava mais barata e se valorizou devido à grande procura", diz a corretora Cleonice Santos, há 18 anos sócia da Imobiliária Peabiru. "Como nesta região os valores ainda estavam baixos, muitos plantadores de soja estão tentando comprar terras por aqui e essa é uma das razões da alta". Segundo ela, apesar do aumento da procura, poucos negócios acontecem, já que "quem tem não quer vender".

 

O corretor Abreu Antonio, da Imobiliária Tapowik, de Campo Mourão, cita a força das cooperativas Cocamar e Coamo na valorização das terras na mancha roxa do noroeste paranaense. Segundo ele, com a garantia de venda da soja e do milho e mais a assistência que as cooperativas oferecem aos produtores, planta-se cada vez mais soja e milho. "Como nos últimos anos essas culturas alcançaram preços recordes, as terras subiram junto". Segundo ele, a soja é a moeda básica para os produtores. "Nesta região um alqueire (24.200 metros quadrados) vale 1.500 sacas de soja. Quando o preço do produto está alto, a terra está valorizada, quando está baixo o preço da terra cai, mas ninguém vende esperando a safra seguinte".

 

De acordo com o levantamento que o Deral realiza há 15 anos por meio de sua Divisão de Estatística Básica em todas as regiões do Paraná, as terras sofreram uma forte valorização, no período de1998 a2004. Apartir daí, houve uma queda, por causa de problemas que atingiram a agricultura brasileira, e só agora os preços estão voltando à normalidade. Nas localidades de terra arenosa, como Paranavaí e Paranacity, por exemplo, até o ano passado o valor do hectare era inferior ao praticado em 2004. Hoje, um hectare de Peabiru custa quase cinco vezes mais do que um em Paranavaí.

 

Preço da terra agrícola Valor em (R$) - por hectare

 

 

 

Município

Tipo de Terra

Classe / Grau

1998

2011

2012

Ângulo

Roxa

Mecanizada

3.000

18.500

22.000

Astorga

Roxa

Mecanizada

2.850

18.500

22.000

Atalaia

Roxa

Mecanizada

1.850

16.000

18.500

Colorado

Roxa

Mecanizada

2.600

14.000

17.000

Doutor Camargo

Roxa

Mecanizada

3.200

18.500

22.000

Floraí

Roxa

Mecanizada

2.850

18.500

22.000

Floresta

Roxa

Mecanizada

3.500

26.600

30.000

Flórida

Roxa

Mecanizada

2.800

16.000

18.500

Iguaraçu

Roxa

Mecanizada

2.800

18.500

22.000

Itaguajé

Roxa

Mecanizada

2.600

14.000

17.000

Itambé

Roxa

Mecanizada

2.900

18.500

22.000

Ivatuba

Roxa

Mecaniza

3.600

26.600

30.000

Lobato

Roxa

Mecanizada

2.600

16.000

18.500

Mandaguaçu

Roxa

Mecanizada

2.800

18.500

22.000

Mandaguari

Roxa

Mecanizada

2.600

18.500

22.000

Marialva

Roxa

Mecanizada

3.200

26.600

30.000

Maringá

Roxa

Mecanizada

3.600

30.000

33.000

Mecanizável

 

 

 

Não mecanizável

1.500

15.000

16.000

Inaproveitáveis

 

 

3.300

 

Mista

Mecanizada

2.300

 

20.500

Mecanizável

 

 

 

Não mecanizável

1.400

 

9.000

Inaproveitáveis

 

 

2.200

Munhoz de Mello

Roxa

Mecanizada

2.600

16.000

18.500

Nossa Senhora das Graças

Roxa

Mecanizada

2.600

14.000

17.000

Nova Esperança

Roxa

Mecanizada

2.900

16.000

18.500

Ourizona

Roxa

Mecanizada

3.100

26.600

30.000

Paiçandu

Roxa

Mecanizada

2.300

30.000

33.000

Paranacity

Mista

Mecanizada

1.600

7.025

7.727

Presidente Castelo Branco

Roxa

Mecanizada

2.600

16.000

18.500

Santa Fé

Roxa

Mecanizada

2.600

16.000

18.500

Santa Inês

Roxa

Mecanizada

2.600

14.000

2.500

Santo Inácio

Roxa

Mecanizada

2.500

14.000

13.430

São Jorge do Ivaí

Roxa

Mecanizada

3.600

26.000

30.000

Sarandi

Roxa

Mecanizada

36.000

30.000

33.000

Uniflor

Roxa

Mecanizada

26000

16000

18.500

 

Preços em outras regiões do Paraná, em R$

Município

Tipo

Classe

1998

2011

2012

Campo Mourão

Roxa

Mecanizada

3.720

25.300

37.372

Cascavel

Roxa

Mecanizada

3.719

28.100

27.900

Londrina

Roxa

Mecanizada

2.740

9.600

11.000

Curitiba

Mista

Mecanizada

4.100

19.339

21.281

Paranavaí

Arenosa

Mecanizada

1.650

5.740

8.250

Fonte: Divisão de Estatística Básica do Deral

Fonte: http://www.odiario.com/economia/noticia/593496/terra-agricola-do-noroeste-e-a-mais-valorizada-do-parana/

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